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Coloridos, felizes... e roqueiros

06/06/2010 15:43

 Eles usam calças verdes-limão, camisetas azuis, óculos vermelhos e tênis brancos com listras amarelas. Eles se mostram sempre de bom humor, dizem não se abalar com desilusões amorosas e constroem uma sólida relação com suas fãs pela internet. Os garotos das bandas brasileiras Cine, Restart e Hori, recém-saídos da adolescência, poderiam escolher qualquer estilo musical para expressar seu otimismo cheio de cores, mas escolheram o mais improvável: o rock, mas com cara e atitudes novas. Os cabelos compridos, descuidados, as camisetas pretas e a atitude inconformista foram banidas da nova onda, batizada de happy rock. Até o sinal de chifres feito com os dedos desapareceu, substituído por corações desenhados no ar com as duas mãos.

“A gente fala sobre como curtir a vida. Se hoje a menina me deu uma ‘bota’ (um fora), amanhã eu estou feliz de novo, pronto para outra”, diz Bruno Prado, de 20 anos, baixista e vocalista da banda Cine, uma das primeiras a adotar o visual multicolorido, em 2007. Mas foi o Restart que criou o termo “happy rock”, ou simplesmente “rock feliz”. Fizeram isso para evitar outros rótulos que não estivessem de acordo com o que pensam ou fazem. A expressão significa, para eles, uma atitude despreocupada. Eles não querem ser confundidos com os emos do Brasil e do mundo. “Foi uma coisa que a gente criou para nós, porque era como nós nos sentíamos”, afirma Pe Lu, de 19 anos, vocalista e guitarrista do Restart. Funcionou tanto que eles já ganharam uma multidão de fãs: bem mais jovens que eles, na faixa entre 11 e 15 anos, e que passam boa parte do tempo no computador.O estilo lembra o glam rock de David Bowie dos anos 70. A sonoridade se aproxima de bandas new wave dos anos 80, como Duran Duran, e sofreu influência (leia-se: são fãs) de bandas recentes de pop-punk como as americanas Cobra Starship, Forever the Sickest Kids e Panic! at the Disco, criadas de 2004 para cá. Em suas letras, os coloridos do rock brasileiro falam quase só de amor. Sem dor de cotovelo. Quando se arrependem por acabar um relacionamento, correm para reconquistar a amada. Se estão seguros da decisão, partem para novos amores. Sem choro nem traje de luto. “E hoje sei, sei, sei/Não importa mais/Porque não vai, vai, vai/Voltar atrás/E não vou mudar/ Nem tentar entender”... Não é Beatles, mas dá certo.

Os novos músicos devem boa parte da fama a suas movimentadas contas no Twitter, Facebook e MySpace. O séquito de fãs do Restart tem até nome, a “Família Restart”. Ela coloca a banda entre os assuntos mais comentados do Twitter no Brasil (os chamados “trending topics”) quase diariamente. E a interação é recíproca: a banda não mede esforços para agradar a seus seguidores. Sabe que a internet é hoje o meio mais importante para alcançar o sucesso. “Desde o começo, a internet foi nosso principal meio de divulgação”, diz Pe Lu. “Hoje ela supre as dificuldades de conversar com os fãs pessoalmente.”

Bruno, da Cine, diz que já conseguiu até convencer a mãe de uma fã a deixar a filha ir ao show deles. “Ela queria ir ao show, mas disse que sua mãe tinha medo. Então, pediu para que mandássemos um tuite (mensagem por meio do Twitter) para a mãe dela”, diz Bruno. Eles fizeram isso na hora, e rolou. “A garota conseguiu ver nosso show e ficou superfeliz.”

Outro que não poupa afagos virtuais é o líder da banda Hori, Filipe Kartalian Ayrosa Galvão, o Fiuk, de 19 anos. Também pudera. O garoto tem estirpe: é filho do romântico Fábio Júnior. “Eu agradeço todos os dias por ter pessoas como vcs ao meu lado...”, tuitou no dia 31. Nem precisaria rasgar tanta seda, já que tem a TV e o cinema a seu favor. Ele é um dos protagonistas da novela infinita Malhação e sua música “Quem eu sou” abre o programa. Fiuk também está em cartaz no filme As melhores coisas do mundo, de Laís Bodanzky. Ele acaba de lançar sua própria linha de roupas – que se adequa perfeitamente à categoria “somos felizes, coloridos e fazemos rock”. No catálogo, calças do tipo skinny  e camisetas de gola V fosforescentes, que trazem mensagens em que ele acredita: “Kiss the future” (“Beije o futuro”) ou “Give 2 receive” (“Dê para receber”). O verão de 2011 promete felicidade e calças laranja.

Banda CineRestart
 
Fiuk, vocalista da Banda Hori