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NX Zero transforma quatro anos na estrada em reality show bem humorado para DVD

31/01/2010 14:53

Na sala de embarque do aeroporto de Porto Velho, em Rondônia, o microfone que anuncia os voos é ligado. No lugar do tradicional discurso de "atenção, passageiros", uma voz robótica sai no alto-falante: "olá, terráqueos, vocês estão perdidos! E pra galera que tá esperando avião aí, não vai subir ninguém, não vai subir ninguém!". O dono da voz que ecoa pelo saguão é Diego Ferrero, o Di do NX Zero, em um dos momentos impagáveis que estão registrados no DVD ainda inédito "Multishow Registro: NX Zero - Sete Chaves".

A cena, que dura menos de um minuto, foi filmada pelo fotógrafo da banda César Ovalle entre outras 86 horas de gravação dos últimos quatro anos em que o NX Zero percorreu o Brasil para fazer shows. As imagens que mostram o dia-a-dia de Di, Gee, Caco, Fi e Dani durante as turnês foram editadas pelo amigo Daniel Ferro e condensadas em pouco mais de 60 minutos para este filme, que será exibido na próxima segunda-feira (25) pelo canal Multishow e chegará às lojas na semana seguinte.

O DVD é uma mistura de reality show com road movie e documentário, que mostra a trajetória de produção, gravação, divulgação e turnê de um disco. Aqui os bastidores do grupo também ganham os holofotes, seja nos camarins, nos quartos de hotéis, nos ônibus ou nos dias de descanso em um sítio ou em um pesque-pague. "Acho que qualquer moleque que quer ter banda vai pirar com esse DVD", comenta o guitarrista Leandro "Gee" Rocha durante uma conversa com o UOL Música sobre o trabalho prestes a ser lançado. E o baterista Daniel Weksler compara: "quando a gente assistia aos DVDs de bandas que gostava também pensava: 'é isso que eu quero para a minha vida'".

Ser integrante de uma banda de rock do mainstream tem todo seu glamour: fama, sucesso, dinheiro, fãs enlouquecidas, viagens e muita música. Mas também há noites em claro e as consequentes olheiras, dias longe de casa, cansaço e horas de espera em aeroportos, onde os músicos chegam a tomar o chão emprestado para dormir. "Tem que aproveitar que a gente ainda é moleque, porque quando ficarmos velhos não vamos conseguir fazer essas coisas", brinca Daniel, de 24 anos, com os amigos de também 24 e 23 anos.

A amizade entre os cinco integrantes ganha foco especial no filme ao definir a banda como uma família, já que passam mais tempo entre eles do que com os pais ou irmãos. Por isso os inevitáveis conflitos são resolvidos com bom humor. "Nossas brigas têm um limite", adianta o guitarrista Filipe Ricardo, o Fi. "Os cinco querem as mesmas coisas e têm as mesmas paixões pela música, então se a gente briga é em prol de algo melhor", conta Dani, e Gee completa: "é mais fácil quem estiver errado pedir desculpa".

"Sempre fui o tipo de cara que queria autógrafo dos músicos que eu gostava, que tirava foto, e hoje em dia não dá para acreditar que sou eu. Sou moleque, olha a minha cara, nada a ver"

Gee Rocha, guitarrista

Banda valiosa
A edição do vídeo prioriza o bom humor dos músicos. As intermináveis horas de espera entre um show e outro acabam numa festa improvisada dentro do ônibus na estrada ou em brincadeiras inventadas nos corredores de hotéis, a já habitual moradia temporária da banda. "Tenho certeza que a galera nunca imaginou que a gente é desse jeito", comenta Di ao explicar que "num programa de TV ou numa sessão de fotos, a banda se arruma e se preparada para aquilo. O DVD mostra momentos em que estamos despreparados, vivendo nossa vida normal. A galera vai conhecer muito da gente aí".

E ainda tem os fãs, que ganharam uma sessão exclusiva dedicada às loucuras que fazem por esses ídolos. "No começo da carreira esse assédio é assustador", lembra Dani sobre os excessos que as pessoas cometem para vê-los de perto. De acenos pouco discretos na sacada do hotel e abordagens na rua até corridas atléticas atrás dos músicos e fortes batidas de mãos na van que os transporta, os fãs não veem obstáculos à frente, já que até seguranças são driblados com profissionalismo.

"Nossos fãs descobrem tudo sobre a gente, onde vamos estar, a que horas, sem a gente falar nada", conta o baixista Conrado "Caco" Grandino, enquanto Fi acrescenta: "É que a galera quer fazer parte da nossa vida, além do que já faz indo aos shows. Mas quando chega a um extremo de colocar em risco a própria pessoa acho que perde um pouco o sentido". E isso é ilustrado no vídeo com meninas atravessando avenidas movimentadas sem olhar para os lados enquanto correm atrás do ônibus da banda.

Entre cenas de shows pelo Brasil afora ao longo de quatro anos, revelados pela constante mudança de visual dos integrantes, o vídeo reserva ainda um espaço para mostrar como foi rodado o clipe "Cartas Pra Você", que colocou os meninos para tocar e atuar das 14h de um dia até serem abordados pelo sol do dia seguinte, por volta das 6h30. A gravação e finalização do disco "Sete Chaves" no estúdio Midas, em São Paulo, ao lado do produtor Rick Bonadio em setembro de 2009 também está documentada, e tudo intercalado com entrevistas com os meninos.

Mais do que um presente para os fãs, o trabalho ainda serviu como uma ferramenta de reflexão para os músicos. "Às vezes a gente reclama demais sobre qualquer coisa e, assistindo essas imagens, a gente vê que não tem do que reclamar, estamos fazendo o que sempre sonhamos", conta Di. "Vimos como a gente já se divertiu fazendo show", fala Caco, enquanto os amigos continuam rindo ao rever trechos do DVD durante a entrevista. Gee só interrompe para lembrar: "quando eu terminei de ver esse filme sobre a gente, liguei para o Daniel [Ferro] e falei 'obrigado, cara, eu não sabia que a nossa banda era tão valiosa'".